terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Oscar e o controle


Pela primeira vez na minha vida, assisti à cerimônia do Oscar inteirinha, da atriz coadjuvante ao filme. Claro que, telespectadora ativa (e não passiva) que acabo sendo mesmo sem querer, surgiram-me algumas perguntas de cujas respostas não fui atrás, mas que quis compartilhar (já que, como diz um comercial do só segundo refrigerante mais vendido: "questione"):

* Há 81 anos (desde o começo da premiação) a ordem de apresentação dos prêmios é esta? Qual o sentido de colocar, em primeiro lugar, a categoria de atriz coadjuvante e, lá pras tantas, a de ator coadjuvante, e a de diretor antes da de ator, que vem logo antes da de filme? Confusão! Enfim... que estratégia é essa? A atriz coajuvante é tipo um teaser pro resto da premiação?

* Será que os estilistas famosos também dão (ou emprestam) vestidos para as mulheres que não são atrizes, mas que concorrem nas categorias técnicas e/ou menores (por exemplo, uma diretora de curta-metragem)?

* Será que a posição de cada estrela que assiste ao evento é milimetricamente e meticulosamente calculado (tipo: fulano não vai com a cara da cicrana, então vamos colocá-lo do outro lado, mas também não do lado do beltrano, que está com a ex do fulano)?

* Falando nisso, por que a coitada da Jennifer Aniston teve que apresentar um prêmio de frente pro casal Jolie-Pitt e, ainda por cima, acompanhada do Jack Black? Não tinha pelo menos um James Franquinho, ou um Clooneyzinho?

* Que critérios a Academia usa para escolher os filmes, tão diferentes entre si? No caso deste ano, o que fez com que Slumdog Millionaire ("Quem quer ser milionário?") ganhasse 80% dos prêmios a que concorria?

Quanto a esta última pergunta, eu vou dizer aqui uma informação meio conspiratória: minha mãe viu em algum lugar uma entrevista com a escritora de novelas Glória Perez. Ela conta que usou serviços de uma empresa que busca, no mundo todo, as tendências do futuro. Foi assim que ela descobriu que a Índia estaria em alta este ano e, daí, surgiu a novela das oito. BOM: pode ser impressão ou não, mas aquela obra de arte que estava no fundo do palco do Kodak Teathre feita por dois irmãos (não consegui entender o nome) era bem a cara dos seguidores dos Upanishads. E as duas canções do Slumdog, cantadas em seguida e dançadas pelo elenco de Bollywood, não ocuparam tanto tempo na televisão à toa. Pensando bem, não é preciso ser adivinho ou trabalhar na tal empresa x-men para, se não prever, ao menos acreditar que a Índia agora, neste momento global, com suas cores e fatos, faz todo o sentido.
(Ah, melhor mencionar: Não, o Infinito de Emy não trabalha para esta tal empresa, por mais que já tenha falado sobre a Índia em seus domínios)

Um comentário:

Anônimo disse...

É, Ju, tem razão... aliás tudo o que vem da televisão...
Como diz Nietzsche: Temos a arte para não morrer da verdade...
Beijo