quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O pedaço da vida que são as férias

(menino ouvindo áudio sobre obra de Miró, no Museum of Modern Arts, NYC, em ago/13)

Férias são sempre boas, mas não são boas sempre - para uns, ela traz um certo sentimento de vazio pelo ócio excessivo, para outros traz uns quilos a mais. Já ouvi gente que caiu na cama, doente, no primeiro dia sem ter que bater o ponto (o que não é à toa nem coincidência, na maioria das vezes, vamos combinar!). E, claro, tem férias que só são ruins no momento em que acabam.

Sou daquelas pessoas que fazem de tudo para aproveitar bem as férias, seja viajando (o que me dá uma certa preguiça de resolver sozinha, mas para isso conto com uma família enorme e em especial uma prima-irmã sempre disposta a viajar e resolver todos os procedimentos burocráticos com mais facilidade do que preparar comida congelada - no caso dela, quero dizer isso literalmente!), seja aproveitando os dias em casa, fora da loucura do trabalho (o que, digamos, no meu caso também é literal, sem conotações pejorativas do termo "loucura"). 

Este ano, passei metade das férias em viagem. Chego, assim, a uma outra modalidade de "cons" deste período de descanso: o o stress natural das viagens de férias. Nem que esse stress seja vivido naturalmente e com muito bom humor, é inegável que ele existe. Não é só pelo hotel que se mostrou uma decepção, ou pela simpatia de guerra dos taxistas, ou pela discordâncias entre as partes sobre qual programa fazer; há o stress do corpo pelas mudanças na rotina, o fuso horário, o jet lag.

Mas "sair de cena" é importante. Quando há a possibilidade de viajar, é melhor ainda, pois você poderá trazer uma nova experiência cultural -  e experiência nunca é desperdício. Se não dá para viajar, também pode ser proveitoso imersar-se em uma experiência particular que seja de seu agrado, como arriscar-se a uma nova modalidade de lazer, o que pode ser em níveis distintos de novidade. Por exemplo, gosta de filmes e quer assistir a filmes novos. Que tal conhecer um gênero que não costuma ser sua primeira escolha - um documentário, ou um filme de terror? Em outro nível de novidade, vale até rever um filme bacana e prestar atenção a algo que nunca foi seu foco de atenção, como os efeitos sonoros, ou o figurino.

Férias não representam um hiato da vida, e sim do aspecto "produtivo" da vida, seja do trabalho, seja dos estudos. Esperar as férias não é esperar que as regras da vida, que sempre impera, às vezes frustra e nunca é perfeita, sejam revogadas neste intervalo. Assim, não será necessariamente um mar de rosas, a não ser que suas férias sejam pequenas o suficiente para caber um mar de rosas. 

Mas se a alma for maior ou se assim o quiser, vale a pena ir além do convencional - mergulhe!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Samba do só



O que foi essa atitude vil?
Eu nem sei o que dizer, viu
Só posso sentir decepção
Você decepou meu coração

Se não pode dizer por quê
Garanta apenas que isso
Nunca mais vai acontecer, porque
Minha certeza sempre foi na bondade
Quero crer num amor de verdade
E o que tenho no peito dá pra dar e vender

O que foi essa atitude vil?
Eu nem sei o que dizer, viu
Só posso sentir decepção
Você decepou meu coração

Sei que devo desejar sorte
Que sua vida corra como você quer
Mas sei que nela já não cabe uma mulher
Não cabe mais ninguém além de ti

Eu sei
Que o perdão é uma virtude, como queira
Mas fico triste quando fico de bobeira
Sozinha a minha mágoa há de sumir

O que foi essa atitude vil?
Eu nem sei o que dizer, viu
Só posso sentir decepção
Você decepou meu coração