sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Já escrevi aqui uma vez que expectativas são excesso de bagagem (frase pinçada de um livro chamado "Coerção e suas implicações", ed. Livro Pleno, escrito por Murray Sidman. Esta frase não tem realmente muita conexão com o assunto principal do livro [como a sociedade atualmente -e sempre - usa da coerção para controlar os indivíduos. Para quem pensou algo como: "E dá pra controlar sem tolher a liberdade, sem ser coercitivo?", a linha de pensamento que Murray defende, a behaviorista, defende que: 1) não existe liberdade, ela é um mito e 2) nem toda forma de controle é ruim. Exatamente porque não há como o controle ser sinônimo de "prisão", já que não há o quase-antônimo "liberdade"]. Mas as expectativas sempre estão presentes em nossa vida. E isso desde que nascemos e esperamos (não existe um verbo para expectativa? Expectar? Expectativar? Esperar mesmo?) pelo primeiro conforto no colo da mãe ou pelo peito pra mamar, nossa primeira "refeição" -olha eu falando de comida aqui de novo... é a fome.
Só que nossas expectativas nem sempre são preenchidas. E isso desde quando, à noite, choramos de fome e parece que nosso alimento não vem (mãe tem que dormir, um dia eu ainda vou saber disso na pele!). E assim vamos seguindo uma vida de frustrações, e não só de preenchimentos de desejos e vontades: e será que seria bom termos todas as nossas vontades satisfeitas? E, mais do que isso, será que isso é possível? Pois o mundo, e a natureza, se encarregam de nos frustrar, de algum jeito. Seja com uma chuva no dia de Ano Novo, seja com uma enchente que derruba casas, famílias e sonhos.
Bom...
Minha comida ficou pronta! Fui!
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Aproveitando a sesta...
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Cria+atividade
[Imagem: arquivo pessoal]
Há algumas semanas, talvez duas ou três, a capa da revista IstoÉ falava sobre criatividade: o que a ciência diz sobre ela e dicas para desenvolver o seu potencial criativo, deixando-a fluir e se manifestar. Eu não li a matéria toda (benditos sejam os designers de infográficos!), mas eram, no geral, informações que eu já tinha, por gostar de estudar o cérebro humano -ainda que apenas o quanto minha disposição e boa vontade permite.
De qualquer maneira, uma das dicas (na verdade, a peça-chave) para "liberar a criatividade" escrita na matéria é dar-se tempo: ao tentar resolver um problema, por exemplo, parar de pensar nele e se distrair com algo prazeroso, porque a solução surge mais facilmente. Para isso, é preciso primeiro ter um tempo de ócio, por assim dizer, a fim de que as idéias surjam.
Bem, sou muito a favor dessa "técnica" (Essas palavras mecanicistas na verdade me deixam com um pouco de medo e receio, porque um lado meu não quer desvendar os mistérios da nossa mente e de todos os fenômenos que ela "cria", mas não vou me prender muito a esses comentários, pois o texto ficaria todo cheio de aspas).
Aonde quero chegar é ao dizer que este momento de férias é um bom momento pra permitir que idéias loucas surjam, sejam elas relacionadas a projetos profissionais, pessoais, ou a projeto nenhum -que sejam apenas uma boa diversão nessa vida nossa de cada dia, que está tão difícil, mas tão difícil, que Papai Noel já quer ser chamado só de Noel pra não ter que pagar pensão.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Capitu (ou flor cândida e pura)
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Lixo psíquico (ou mensagem de fim de ano)
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Poesia de outro (ou Ouçam Little Joy)
Tempo a gente tem
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Eu tinha que escrever (ou Janta)
Há vários motivos ideológicos para eu não escrever sobre isso; mas também há um único que foi o predominante para que eu decidisse escrever - o tema, o que também é, de certa forma, ideológico. Claro que, somado ao tema, há também meu interesse pessoal por pelo menos um dos dois integrantes - não posso dizer que haja uma "conexão", pois ela implicaria dois envolvidos, mas posso dizer de uma "ligação unilateral", se é que isso é, por sua vez, possível. Na verdade, pensando melhor, há uma conexão sim: ele me transmite algo, que eu tento lhe devolver da forma mais abstrata e intuitível que existe, no meio do coletivo das milhares de pessoas que sentem como eu o que de tão bom ele nos passa.
Enfim.
O tema -que é o Amor, nada mais e nada menos -. nunca passa incólume (é a segunda vez que uso essa palavra no blog; a primeira foi na postagem chamada "Saudade", que, por coincidência, é o mesmo nome de uma música dele que estou ouvindo agora). O Amor pode despertar estranhamento, medo, furor, raiva, ciúmes, inveja. Parece ser (só parece, pois os poetas tentam defini-lo quase que em vão) um sentimento de calmaria que é resultante da anulação das energias tão intensas dos demais sentimentos que ele causa. E, claro, o Amor mais desejado, o que abalaria as estruturas do viver social, é o mais rejeitado.
Já li e ouvi comentários de todo o tipo, inclusive de que a relação entre eles é de uma violação do mais velho - que talvez estivesse juntando bagagem para receber um novo amor, um amor novo como o dela - para a mais nova - que foi menos maculada pelas dores e pelos calos, e que ainda é capaz de chorar de alegria, de transbordamento de Amor puro, como elamesma disse. Mas a violação (e a violência) ocorre quando um lado é forçado a fazer algo que não quer; e o lado que não quer, o lado vítima, é o do Amor; o verdadeiro cometedor de violência é o lado das opiniões cheias de paixão furiosa, que não aceita que esse próprio Amor está dentro de si.