domingo, 19 de abril de 2009

Anestesia


I want to be rich and I want lots of money

I don’t care about clever, I don’t care about funny

I want loads of clothes and fuckloads of diamonds

I heard people die while they are trying to find them

I’ll take my clothes off and it will be shameless

Cuz everyone knows that’s how you get famous

I’ll look at the sun and I’ll look in the mirror

I’m on the right track yeah I’m on to a winner



I don’t know what’s right and what’s real anymore

I don’t know how I’m meant to feel anymore

When do you think it will all become clear?

‘Cuz I’m being taken over by The Fear

Life’s about film stars and less about mothers

It’s all about fast cars cussing each other

But it doesn’t matter cause I’m packing plastic

and that’s what makes my life so fucking fantastic

(...)


Forget about guns and forget ammunition

Cause I’m killing them all on my own little mission

Now I’m not a saint but I’m not a sinner

Now everything's cool as long as I’m getting thinner (Lily Allen, The Fear)



Sim, eu comentei um tempo atrás que estava pensando muito nas músicas que surgem atualmente. Esta de cima, da Lily Allen, me chamou logo a atenção pela estranheza, tanto da sonoridade quanto do videoclipe, que é meio Alice no País das Maravilhas versão fashion 80. Depois, sabendo a letra, entendi que toda essa sensação de anestesia e de viagem lisérgica faziam sentido: a letra fala de um momento em que a pessoa tem um certo discernimento de que as coisas não andam tão bem, porém nada pode fazer a não ser nadar a favor da correnteza. Há tanto um auto-conhecimento (autoconhecimento?) que perpassa a psique coletiva, visto que fala de si através também do que se vê nos outros ao redor (heteroconhecimento?), quanto uma certa ironia, que pode ser entendida como tal ou como uma verdadeira "anestesia mental" em que não se para para (estranho!) realmente refletir sobre o fenômeno; ele apenas é descrito.


Acho que isso tem acontecido tanto com a gente! Somos pequenos mísseis, sim, atingindo uns aos outros, porém teleguiados por algo maior... Isso me assusta, assim como a vida falando mais de estrelas de cinema do que de mães. Aliás, o dia delas está chegando...


Nenhum comentário: