sexta-feira, 18 de julho de 2008

Time to say goodbye (ou brincos)


Época de férias sempre acaba nos impulsionando a fazer uma faxina geral nos nossos pertences (materiais ou não), reciclar, ter vontade de doar o que já não é mais nossa cara. Talvez isso aconteça porque é na época de férias que estamos mais leves (mesmo que a gente coma mais): é uma leveza de espírito, que acaba naturalmente despregando de nós algumas coisas que ficam presas pela própria retesão dos músculos que se congela no dia-a-dia.
Enfim, motivos à parte, hoje eu estava arrumando minhas gavetas e comecei a ver meus brincos. Olhando um, olhando outro, acabei me esquecendo completamente das gavetas e dediquei meu tempo e minha concentração a ver esses brincos -e a escrever aqui no blog. Tanta coisa pra fazer! Foco, Emy.
Pensei em começar esta postagem dizendo que a foto aí mostra o 'infinito dos brincos de emy'. Mas logo vi que seria injusto pois, depois de tirar as fotos, lembrei que tinha uma caixa de brincos dourados e mais alguns em outras gavetas que não saíram na fotografia. Então, o tal do título ali em cima seria mentiroso. E colocar os brincos restantes ali daria muito trabalho -pois eu já tinha separado uma parte destes brincos aí para jogar fora. E talvez não coubesse num enquadramento legal.
A questão é essa: uma atividade que poderia durar apenas alguns minutos acabou se estendendo muito, pois estes brincos têm quase todos uma história da qual me lembrar: fosse dos lugares aonde fui usando algum par, fosse porque foram presentes de alguém querido. Ou fosse simplesmente por remeter à sensação de apaixonamento que tive quando escolhi algum deles pra comprar na loja (isso parece fútil -e talvez seja-, mas faz parte de mim e de minha história gostar do que brilha, do que reluz, do que é belo. Se alguém souber explicar, fique à vontade).
É realmente verdade que um objeto com algum valor sentimental pode nos fazer ter sentimentos até então escondidos, guardados. Sejam eles sentimentos de alegria ou de tristeza, de saudade ou de nostalgia etc etc ad infinitum. Talvez por isso o nome: valor sentimental. Os sentimentos têm valor, e essa verdade é tão concreta quanto os objetos em questão.
Por outro lado, como eu havia dito no primeiro parágrafo, às vezes é hora de dizer adeus e nos desprender. Com certeza, haverá outros motivos para recordar. Foi isso que fiz logo depois: escolhi vários pares para jogar fora, pois sabia que não os usaria mais. You bet que eu acabei mudando de idéia e guardando mais do que poderia guardar, simplesmente pela dificuldade de jogar fora a representação de bons sentimentos que são estas bijuterias. Já na sacola de plástico, pensei em doar alguns e acabei fazendo uma "repescagem", salvando alguns. Também dei um "banho de pasta de dente" em dois ou três pares, e eles ficaram novinhos em folha. Mas consegui, sim, dizer adeus a um número considerável. Adeus. Snif.
(PS: na foto, há três brincos sem par. Se alguém conseguir achar... escreva)

Um comentário:

Unknown disse...

Nossa Ju eu não sabia que vc tinha tantos brincos!
Achei os sem par, estão todos na folha de sulfite hahaha juro que eu parei pra procurar, não me contive!
Hj eu estava fazendo uma limpeza dessa nas minahs gavetas de roupa, é bom né? Dá um alivio dificil de explicar.